11- AS DEZ EMOÇÕES DE PODER Parte 1 (seis passos para o controlo emocional)

“Não pode haver transformação das trevas em luz e da apatia em movimento sem emoção.” CARL JUNG

 “A maioria dos homens leva vidas de tranquilo desespero” EMERSON

Há quatro meios básicos pelos quais as pessoas lidam com as emoções:

1. Abstenção

Todos queremos evitar emoções dolorosas. Consequentemente a maioria das pessoas tenta evitar qualquer situação que as possa levar às emoções que temem, ou pior, algumas pessoas tentam não sentir nenhuma emoção.

Se temem a rejeição, procuram evitar qualquer situação que as possa levar à rejeição.

Ao evitar situações negativas podemos proteger-nos a curto prazo mas a abstenção vai impedir-nos de sentir qualquer sentimento que desejamos.

A melhor forma de lidar com as emoções é descobrir como podemos usá-las, mesmo quando antes as víamos como emoções negativas.

2. Negação

As pessoas tentam dissociar-se dos seus sentimentos dizendo “não é assim tão mau”.

Não mudam o seu foco ou fisiologia e continuam a fazer as mesmas questões enfraquecedoras.

Experimentar uma emoção e fingir que não existe só cria mais dor. Ignorar as mensagens que suas emoções nos tentam transmitir não vai melhorar a situação.

Se a mensagem que as emoções tentam transmitir é ignorada, faz com que a pressão se vá intensificando até lhes prestarmos atenção.

3. Competição

Muitas pessoas param de lutar contra as suas emoções negativas e entregam-se a elas.

Em vez de explorarem a mensagem positiva da emoção intensificam-na, fazendo com que seja ainda pior do que já é. Passam a competir com as outras, explicando como a sua situação é pior que a dos outros. Torna-se literalmente parte de sua identidade, um meio de ser diferente. Começam a orgulhar-se de estarem numa situação pior do que os outros. É como uma profecia em que se investe para se sentir mal regularmente.

4. Aprender e usar

Se queres fazer com que a tua vida cresça tens que fazer com que as emoções trabalhem para ti.

Não podemos escapar, desligar-nos delas ou nos iludirmos sobre o que elas significam. Mas também não podemos deixar que controlem a nossa vida.

As emoções (mesmo as dolorosas a curto prazo) indicam o que devemos fazer para alcançar o que queremos. As emoções que consideramos negativas são um apelo à ação. Mas para isso temos de mudar as nossas convicções globais sobre o que são as emoções.

Podemos passar do choro ao riso imediatamente se o nosso foco mental e fisiologia forem interrompidos com força suficiente. Não devemos esperar por certas experiências para sentirmos as emoções que desejamos. A nossa felicidade ou confiança não devem estar dependente de uma ocasião. Se o que fazemos não produz os resultados que desejamos devemos mudar a nossa abordagem, para não sermos como uma mosca que insiste em bater no vidro da janela à procura da saída.


SEIS PASSOS PARA O CONTROLE EMOCIONAL

Ao sentir uma emoção dolorosa há seis passos para podermos romper os padrões limitadores, encontrar o benefício dessa emoção e preparar-nos para que no futuro possamos tirar uma lição dessa emoção e eliminar a dor com maior rapidez:

PASSO 1

Identifica o que sentes realmente

O que é que estou a sentir neste momento?

Se pensar “Estou zangado” pergunta: “Estou realmente a sentir-me zangado ou é outra coisa? Talvez o que eu sinto realmente é mágoa. Ou sinto como se tivesse perdido alguma coisa.”. Compreende que um sentimento de mágoa ou de perda não é tão intenso quanto o sentimento de raiva.

O facto de parares para identificar o que sentes realmente e começares a questionar as tuas emoções pode ser suficiente para baixar a intensidade emocional e lidar com a situação muito mais depressa e com maior facilidade.

Usa o Vocabulário Transformacional para baixar intensidade.

PASSO 2

Reconhece e aprecia as tuas emoções sabendo que te apoiam

A ideia de que alguma coisa que sentes é errada pode destruir a comunicação honesta contigo mesmo e com as outras pessoas. Sê grato por existir uma parte do cérebro que te apela à ação, que te leva a querer mudar a tua perceção sobre algum aspeto da vida ou comportamento.

Se confias que as tuas emoções existem para te ajudar a criar uma mudança positiva (mesmo que não as compreendas), vais acabar com uma guerra contigo mesmo, sentido que podes resolver essa situação.

Aprende a dar valor a todas as emoções.


PASSO 3

Sê curioso em relação à mensagem que a emoção te está a oferecer

Ficar curioso ajuda a dominar a emoção, resolver o desafio e evitar que o mesmo problema ocorra no futuro. Pergunta “O que preciso de fazer neste momento para melhorar a situação?”

Quatro perguntas que podes fazer para te sentires curioso em relação às emoções: O que quero realmente sentir? Em que é que teria de acreditar para me sentir como me tenho sentido? O que estou disposto a fazer para criar uma solução e dominar a situação agora? O que posso aprender com isto?


PASSO 4

Sente-te confiante

Acredita que podes controlar a emoção agora.

O meio mais rápido, mais simples e mais poderoso para controlar qualquer emoção é lembrar uma ocasião em que sentiste uma emoção parecida e compreender que já conseguiste controlar essa emoção antes.

Usa isso como um exemplo ou cria uma lista do que podes fazer agora para mudar a maneira como te sentes.


PASSO 5

Tem a certeza de que consegues lidar com isto não apenas hoje, mas também no futuro

Lembra-te de como controlaste essa emoção no passado e ensaia como lidar com a situação em que essa emoção poderá surgir no futuro. Vê, ouve e sente-te a controlar essa situação. Através de repetições e intensidade emocional vão criar caminhos neuronais para lidar com esses desafios no futuro.

Anota 3 formas de mudar a tua perceção e comportamentos para quando esses sentimentos surgirem.


PASSO 6

Entusiasma-te e age

Fica entusiasmado por saber que podes dominar essa emoção e age de imediato para provar que a controlaste.

É melhor controlar uma emoção quando a começas a sentir. É muito mais difícil interromper um padrão emocional depois de se ter desenvolvido.

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11- AS DEZ EMOÇÕES DE PODER Parte 2 (os dez sinais de acção)1

OS DEZ SINAIS DE AÇÃO

Há 10 emoções primárias que as pessoas tentam evitar, porém, em vez de evitá-las deveríamos utilizá-las para agir:

1. DESCONFORTO. As emoções de desconforto não possuem uma intensidade muito elevada, mas incomodam-nos e criam a sensação de que as coisas não estão muito bem.

A Mensagem:

O tédio, impaciência, apreensão, aflição ou embaraço transmitem a mensagem de que algo não está muito bem. Talvez a forma como percebes as coisas não seja adequada ou as tuas ações não produzem os resultados desejados.

A Solução:

1) Usa o que aprendeste para alterar o teu estado.

2) Define o que queres.

3) Aperfeiçoa as ações, experimenta uma abordagem diferente e verifica se não consegues mudar imediatamente a maneira como te sentes em relação à situação e/ou à qualidade dos resultados que obténs.

 “A ameaça de ataque é maior do que o próprio ataque.”

2. MEDO. As emoções de medo vão desde os níveis mais baixos de preocupação e apreensão à preocupação intensa, ansiedade, pavor e terror.

A Mensagem:

O medo é a mensagem que precisamos para nos prepararmos para algo que vai acontecer em breve.

Não te podes entregar ao medo nem amplificá-lo pensando no pior que poderia acontecer, mas também não podes fingir que não existe.

A Solução:

Analisa aquilo de que sentes medo e pensa no que deves fazer para te preparares mentalmente. Pensa no que precisas de fazer de forma a lidares com a situação da melhor maneira possível.

A melhor forma de lidar com o medo é ter fé, sabendo que fizemos tudo o que podia ser feito para nos prepararmos para aquilo que tememos. A maioria dos medos raramente se concretiza.

3. MÁGOA. Se há uma emoção específica que parece dominar as relações humanas, tanto pessoais quanto profissionais é a mágoa. O sentimento de mágoa é geralmente criado por uma sensação de perda.

A Mensagem:

A mensagem é que temos uma expectativa que não foi correspondida.

A Solução:

1) Compreende que na realidade podes não ter perdido nada. Talvez o que precisas seja perder a perceção de que essa pessoa está tentar magoar-te. Talvez a pessoa não perceba o impacto das suas próprias ações na tua vida.

2) Tira um momento para reavaliar a situação. Pergunta a ti mesmo: “Houve mesmo uma perda? Ou estou a avaliar a situação de forma precipitada e demasiado severa?”

3) Comunica de forma elegante e apropriada o teu sentimento de perda com a pessoa envolvida.

Mudando o teu estilo de comunicação e esclarecendo o que aconteceu podes descobrir que com frequência a mágoa desaparece rapidamente.

4-RAIVA. Os sentimentos de raiva desde a irritação ligeira à raiva propriamente dita, ressentimento e fúria.

A Mensagem:

A mensagem da raiva é que uma regra ou padrão que foi importante para ti na tua vida foi desrespeitado por alguém, ou mesmo por ti.

A Solução:

1) Compreende que podes ter interpretado de forma errada a situação e que o facto daquela pessoa ter violado as tuas regras pode significar que ela não sabia o que era mais importante para ti (embora aches que ela deveria saber).

2) Compreende que mesmo que uma pessoa desrespeite uma das tuas regras, pode ser que essas regras não sejam as mais apropriadas apesar dos sentimentos fortes que possas ter a seu respeito.

3) Faz perguntas fortalecedoras como: “A longo prazo, é verdade que essa pessoa se importa realmente comigo?”. Interrompe a raiva ao perguntar: “O que posso aprender com isto? Como posso expressar a importância destes meus padrões a essa pessoa para que ela me queira ajudar e não volte a violar as minhas regras no futuro?”.

5. FRUSTRAÇÃO. A qualquer momento em que nos sentimos cercados, quando nos esforçamos intensamente mas não recebemos recompensas, tendemos a sentir frustração.

A Mensagem:

Significa que acreditas que poderias estar a sair-te melhor do que aquilo que estás. Apesar da solução estar ao teu alcance, nada do que fazes funciona, posto isto, precisas de mudar tua a abordagem para conseguires o que queres.

A Solução:

1) Compreende este sentimento e procura novos meios para obteres os resultados que desejas. Como podes tornar a tua abordagem mais flexível?

2) Informa-te sobre como podes lidar com a situação. Encontra um modelo, alguém que tenha encontrado um meio de alcançar o que desejas.

3) Entusiasma-te com aquilo que podes aprender para te ajudar a controlar esse desafio, não apenas hoje, mas também no futuro, de uma maneira que consuma pouco tempo e energia, e que crie alegria.

6. DESAPONTAMENTO. O desapontamento pode ser destrutivo se não lidares com ele o mais depressa possível. O desapontamento é o sentimento devastador de ser desiludido e de que vais perder alguma coisa para sempre. Tudo o que te faz sentir triste ou derrotado por esperar mais do que aquilo que recebes é desapontamento.

A Mensagem:

A mensagem do desapontamento é que uma expectativa que tinhas (um objetivo pelo qual te empenhaste) provavelmente não vai acontecer e por isso é altura de mudar as tuas expectativas, adaptares-te à situação e agir de forma a alcançar imediatamente um novo objetivo.

A Solução:

1) Determina o que podes aprender com a situação para te ajudar a alcançar no futuro aquilo que procuravas.

2) Fixa um novo objetivo, algo ainda mais inspirador e algo que te permita um progresso imediato.

3) Compreende que o teu desapontamento pode ser prematuro. Muitas vezes as coisas com as quais te desiludes são apenas desafios temporários.

4) Compreende que a situação pode ainda não ter terminado e sê paciente. Faz uma reavaliação completa do que realmente queres e desenvolver um plano eficaz para obter os resultados.

5) O antídoto mais poderoso para a emoção de desapontamento é cultivar uma atitude de expectativa positiva sobre o futuro, independente do passado.

7. CULPA. A culpa, o arrependimento e o remorso estão entre as emoções que os seres humanos mais evitam na vida

A Mensagem:

A culpa indica que desrespeitaste uma das tuas regras mais importantes e que deves fazer alguma coisa imediatamente para garantir que não voltarás a fazê-lo no futuro.

Criamos uma alavanca quando começamos a associar dor a alguma coisa. Com dor suficiente associada a um comportamento, acabaremos por mudá-lo. A alavanca mais forte é a dor que podemos infligir a nós mesmos. Para muitas pessoas a culpa é a maior alavanca para mudar um comportamento, contudo algumas tentam lidar com o sentimento de culpa negando-o e suprimindo-o.

O objetivo é fazer-nos agir e levar-nos a mudar, garantindo que evitamos comportamentos que nos levarão a sentir culpa. Caso já tenhas desrespeitado algumas das tuas regras, serve para infligir dor suficiente para que retomes o compromisso com um padrão superior.

Depois de lidares com aquilo que te faz sentir culpado e de teres sido sincero e consistente, segue em frente.

A Solução:

1) Reconhece que desrespeitaste um padrão crítico que estipulaste para ti mesmo.

2) Assume o compromisso de não voltares a agir assim no futuro. Imagina que terias de lidar novamente com a mesma situação, mas desta vez respeitarias os teus padrões pessoais mais elevados.

Ao assumir o compromisso de que não permitirás que o comportamento ocorra novamente tens o direito de te livrar do sentimento de culpa. Nesse caso a culpa já terá servido o seu propósito, levando-te a assumir um padrão superior no futuro.

8. Desadequação. O sentimento de falta de valor ocorre sempre que não conseguimos fazer alguma coisa que deveríamos fazer.

O desafio é que, frequentemente, temos uma regra completamente injusta para determinar se somos desadequados ou não.

A Mensagem:

A mensagem é que não possuis no momento o nível de habilidade necessário para a tarefa em questão. Que precisas de mais informação, compreensão, estratégias, instrumentos ou confiança.

1) Questiona: “É de fato uma emoção apropriada para sentir nesta situação? Sou mesmo desadequado ou tenho de mudar a maneira como encaro as coisas?”

Se o teu sentimento é justificado, a mensagem da desadequação é que precisas de encontrar uma forma de fazer algo melhor do que fizeste antes.

2) Sempre que te sentires desadequado aprecia o facto de quereres melhorar.

Com essa compreensão, podes começar a sentir-te adequado no momento em que decidires empenhar-te numa melhoria constante e incessante nessa área.

3) Encontra um modelo, alguém que seja um exemplo na área em que te sentes desadequado.

O simples facto de decidires dominar essa área da tua vida, melhorando alguma coisa, por menor que seja, transformará uma pessoa que é desadequada em alguém que está a aprender. Esse sentimento é fundamental, porque quando alguém se sente desadequado tende a cair na armadilha do desamparo adquirido, e começa a encarar o seu problema como permanente.

Podes ser destreinado ou inábil numa área específica, mas não desadequado.

9. SOBRECARGA OU SUFOCO. Depressão e desamparo são manifestações de te sentires sobrecarregado ou sufocado.

Estes sentimentos surgem quando sentes que não há nenhum significado fortalecedor para algo que ocorreu, ou que a tua vida é influenciada pelo impacto negativo de pessoas, eventos ou forças que estão fora do teu controlo.

As pessoas nesse estado tornam-se sobrecarregadas e muitas vezes começam a sentir que nada pode mudar a sua situação. Sentem que o problema é grande demais, permanente, difuso e pessoal.

As pessoas entram nesses estados emocionais sempre que têm a perceção de que há mais coisas a passar-se do que aquelas com que podem lidar. O ritmo, a quantidade ou intensidade das sensações parecem sufocantes.

A Mensagem:

A mensagem de te sentires sufocado é que precisas de reavaliar o que é mais importante para ti nessa situação.

O motivo para te sentires sobrecarregado é tentares lidar com demasiadas coisas ao mesmo tempo, tentando mudar tudo da noite para o dia.

O sentimento de sobrecarga e sufoco perturba e destrói a vida das pessoas mais do que qualquer outra emoção isolada.

A Solução:

Deves desenvolver uma sensação de controlo sobre a tua vida.

1) Decide aquilo que é mais importante te concentrares.

2) Escreve todas as coisas que são importantes e organiza-as por ordem de prioridade.

O simples facto de as escreveres faz com que tenhas a sensação de controlo.

3) Foca-te na primeira coisa da tua lista e continua a agir até a dominares.

Assim que dominares uma área específica, o teu cérebro passa a compreender que tens controlo sobre a situação e que não estás sobrecarregado, sufocado ou deprimido, que o problema não é permanente e que consegues sempre encontrar uma solução.

4) Quando sentires que é oportuno te libertares de uma emoção sufocante, foca-te no que podes controlar e compreende que deve haver algum significado fortalecedor, mesmo que ainda não o percebas.

O nosso amor-próprio está frequentemente vinculado à capacidade de controlar o nosso ambiente.

Quando criamos dentro da nossa mente um ambiente que tem exigências muito grandes e simultâneas é normal nos sentirmos sobrecarregados. Mas também podemos mudar isso, focando-nos no que podemos controlar e dar um passo de cada vez.

10. SOLIDÃO. Qualquer coisa que nos faz sentir sozinhos ou separados dos outros pertence a esta categoria.

A Mensagem:

A mensagem da solidão é que precisas de criar uma ligação com as pessoas.

A Solução:

1) A solução para a solidão é compreender que podes tentar estabelecer uma ligação com outra pessoa imediatamente, acabando com a solidão. Há pessoas interessadas em todo o lado.

2) Identifica o tipo de ligação que precisas. Precisas de uma ligação íntima? Precisas de alguém para conversar, ouvir-te, alguém com quem te possas rir? Tens de identificar quais são as tuas verdadeiras necessidades.

3) Sentires-te só significa: “Importo-me realmente com as pessoas e adoro ter companhia. Preciso de descobrir que tipo de ligação necessito neste momento e fazer com que aconteça”.

4) Age imediatamente, procurando uma ligação com os outros.

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11- AS DEZ EMOÇÕES DE PODER Parte 3 (os dez sinais de poder)

AS DEZ EMOÇÕES DE PODER

1. AMOR E TERNURA. A manifestação sistemática de amor parece ser capaz de derreter quase que qualquer emoção negativa com que entres em contato.

Quando alguém te aborda num estado de mágoa ou raiva e reages com amor e ternura, a maior parte das vezes o estado da pessoa acabará por mudar e a intensidade diminuirá.

 “Se conseguisses amar o suficiente, poderias tornar-te a pessoa mais poderosa do mundo.” EMMET FOX

2. APREÇO E GRATIDÃO. Todas as emoções mais poderosas são alguma expressão de amor, cada uma dirigida por meios diferentes.

O apreço e a gratidão expressam através do pensamento ou da ação o nosso reconhecimento e amor ao que a vida, as pessoas e a experiência nos deram.

Devemos cultivar o apreço e a gratidão, pois viver neste estado é uma das formas mais poderosas de tornar a nossa vida mais completa.

3. CURIOSIDADE. Para crescer é preciso sermos curiosos.

O facto de as crianças saberem perguntar torna-as cativantes

Se estás aborrecido sê curioso.

4. ENTUSIASMO E PAIXÃO. A paixão pode transformar qualquer desafio numa oportunidade.

A paixão dá-nos força para avançar a um ritmo mais rápido do que em qualquer outra situação.

Usa a tua fisiologia: fala mais depressa, visualiza imagens mais depressa, move o teu corpo na direção para onde queres ir.

“O homem só é grande quando age por paixão.” Benjamin Disraeli

5. DETERMINAÇÃO. Todas as emoções acima são valiosas, mas precisas de ser determinado para criar valor duradouro no mundo. Determina como lidas com as dificuldades, desafios, desapontamentos e desilusões.

A determinação é a diferença entre ficar parado e estar empenhado

Quando estás determinado fazes o que for necessário para alcançares o teu objetivo. Só num estado de determinação é que terás resultados

Agir com determinação significa tomar uma decisão coerente e empenhada, eliminando todas as outras possibilidades.

A nossa vontade de fazer o que for necessário, agindo apesar do medo, é a base da coragem. É da coragem que a determinação surge.

Por vezes é necessário mudar a nossa perspetiva em relação ao que estamos a fazer e como estamos a fazer, porque a determinação também se pode tornar numa limitação.

 “A determinação é o toque de despertar para a vontade humana.” ANTHONY ROBBINS

6. FLEXIBILIDADE. Temos de ser capazes de mudar a nossa abordagem.

Vão acontecer coisas que não conseguiremos controlar, a capacidade de sermos flexíveis nas nossas regras, no significado que atribuímos às coisas e nas nossas ações vai ser muito importante para o nosso sucesso e alegria pessoais.

“O junco que se curva sobreviverá ao vento da tempestade, enquanto o poderoso carvalho vai partir-se”.

7. CONFIANÇA. Confiança é a sensação de certeza que todos queremos ter.

O único meio pelo qual podemos sentir confiança sistematicamente, mesmo em ambientes e situações com que nunca nos deparamos antes, é através da fé.

Imagina e sente certeza sobre as emoções que queres sentir agora em vez de esperar que apareçam espontaneamente nalgum dia no futuro.

Quando estás confiante estás disposto a experimentar.

Um meio de desenvolver fé e confiança é simplesmente praticar. Exercita a confiança sistematicamente e analisa os resultados. Ao preparares-te para fazer qualquer coisa é essencial exercitar confiança em vez de medo.

8. ALEGRIA.

Há uma grande diferença entre ser feliz por dentro e ser alegre por fora.

A alegria intensifica o amor-próprio, torna a vida mais divertida e faz com que as pessoas à tua volta também se sintam mais felizes.

A alegria tem o poder de eliminar os sentimentos de medo, mágoa, raiva, frustração, desapontamento, depressão, culpa e desadequação da tua vida.

És alegre quando percebes que não importa o que aconteça à tua volta, não te vais sentir melhor se sentires qualquer outra coisa que não alegria.

Ser alegre é ser inteligente, porque sabes que se viveres a vida num estado de prazer, tão intenso que transmites sensação de alegria às pessoas à tua volta, podes ultrapassar qualquer obstáculo no teu caminho.

9. VITALIDADE. Se não cuidas do teu corpo físico é mais difícil desfrutar destas emoções.

Todas as emoções são guiadas pelo corpo.

Quando não te sentes bem emocionalmente precisas de verificar os elementos básicos da tua fisiologia. O controlo da respiração é essencial.

É essencial descansar para recarregar energia, principalmente se consumimos muita energia.

O sistema nervoso humano precisa de movimento para ter energia. Até certo ponto consumir energia proporciona sensação de mais de energia. Ao movermo-nos o oxigênio flui pelo organismo e esse nível físico de saúde cria a sensação emocional de vitalidade

10. CONTRIBUIÇÃO.

A emoção mais enriquecedora que podemos ter na vida é a noção de que a pessoa que somos, algo que dissemos ou fizemos, de alguma forma enriquecemos a vida de alguém de quem gostamos ou mesmo de alguém que nem conhecemos.

Devemos cultivar diariamente o sentimento de contribuição, focando-nos não apenas em nós mesmos mas também nos outros.

Não caias no erro de contribuir para os outros à tua custa. Caso consigas dar a ti mesmo e aos outros numa escala adequada, terás uma sensação incrível de ligação com os outros, orgulho e amor-próprio.

“O segredo da vida é dar.”

 

OS DEZ SINAIS DE AÇÃO

1. DESCONFORTO

2. MEDO

3. MÁGOA

4. RAIVA

5. FRUSTRAÇÃO

6. DESAPONTAMENTO

7. CULPA

8. DESADEQUAÇÃO

9. SOBRECARGA, SUFOCO

10. SOLIDÃO


AS DEZ EMOÇÕES DE PODER

1. AMOR E TERNURA

2. APREÇO E GRATIDÃO

3. CURIOSIDADE

4. ENTUSIASMO E PAIXÃO

5. DETERMINAÇÃO

6. FLEXIBILIDADE

7. CONFIANÇA

8. ALEGRIA

9. VITALIDADE

10. CONTRIBUIÇÃO


É extremamente importante aprender a usar as emoções negativas (entendendo que são apelos à ação) e empenharmo-nos em cultivar emoções positivas.


1) Durante os próximos dois dias, sempre que sintas uma emoção enfraquecedora ou negativa segue os seis passos do controlo emocional.

Identifica a que categoria pertence e reconhece o seu valor de te transmitir a mensagem de que precisas.

Descobre se o que precisa de ser mudado são as tuas perceções ou ações.

2) Apesar de os sinais de ação terem uma função importante seria melhor que não os sentíssemos com frequência. Desta forma, para além das Emoções de Poder cultiva convicções globais que te ajudem a atenuar a tua experiência das emoções negativas.

Usa emoções de poder diariamente e usa os seis passos para o controlo emocional para transformares os sinais de ação em ações positivas.

Assim que desenvolveres a capacidade de aproveitar os sinais de ação, passarás a lidar com eles logo no início quando ainda são pequenos, em vez de esperar que se transformem em crises.

Durante as duas próximas semanas, concentra-te em desfrutar o processo de aprender com todas as emoções.

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12- A MAGNÍFICA OBSESSÃO- CRIAR UM FUTURO IRRESISTÍVEL (parte 1)

Termos um grande objetivo faz com que estejamos mais motivados, trabalhemos mais, movamos recursos e usemos tudo o que possamos encontrar para realizá-lo. Portanto, o primeiro passo é criar objetivos maiores, mais inspiradores e mais desafiantes. O objetivo de muitas pessoas é pagar as contas e sobreviver. Estão presas na armadilha de ganhar a vida.

Se queremos descobrir do que somos capazes temos de encontrar um objetivo inspirador o suficiente para nos desafiar e ir além dos nossos limites, para que possamos alcançar o nosso potencial.

As tuas condições atuais não refletem o teu potencial mas a qualidade dos teus objetivos.

Inicialmente, quando fixamos grandes objetivos, estes podem parecer difíceis de alcançar, mas o mais importante é que sejam grandes o suficiente para te inspirar.

Geralmente, sabemos que encontrámos o objetivo certo quando este parece impossível de realizar mas ao mesmo tempo nos deixa entusiasmos só de pensar em realizá-lo.

Fixar objetivos é o primeiro passo para tornar o invisível visível. “Vais criar uma obra-prima ou vais ver a vida a partir dos quadros dos outros?”


PORQUE É QUE NEM TODAS AS PESSOAS FIXAM OBJETIVOS?

Após definir os objetivos devemos desenvolver imediatamente um plano e fazer algo significativo de forma consistente para sua realização.

O que impede muitas pessoas de definir objetivos é o medo inconsciente de desapontamento. O facto de terem definido objetivos no passado e não os terem cumprido faz com que parem de fazê-lo, ficando com medo de vir a ficar desapontados no futuro. Outras pessoas fixam objetivos que estão fora do seu controlo. Outras não têm flexibilidade para perceber que à medida que avançamos podem surgir objetivos melhores à nossa volta.

Quando te aproximas do objetivo ganhas mais clareza, não apenas em relação ao objetivo em si mas de todos os detalhes à sua volta. Apercebendo-te disto podes decidir que te sentes mais inspirado em seguir outras possibilidades e mudar de direção.


ONTEM, HOJE E AMANHÃ

Faz uma avaliação de 0 a 10 em relação à situação que te encontravas há cinco anos em cada uma destas categorias: FÍSICO, MENTAL, EMOCIONAL, APARÊNCIA, ESPIRITUAL, SIMPATIA, RELAÇÕES, AMBIENTE DE VIDA, SOCIAL, CARREIRA, FINANCEIRO.

Escreve uma frase ao lado de cada categoria para descrever como eras nessa altura.

Faz a mesma coisa mas desta vez em relação ao presente.

O que aprendeste ao fazê-lo? Que distinções fizeste? Melhoraste mais do que imaginavas em alguma categoria? Se achas que não melhoraste, ou que em alguma categoria estavas melhor há cinco anos, deves refletir sobre isso e procurar mudar o mais rapidamente possível.

Escreve algumas frases a descrever o que aprendeste com esta comparação.

Termina o exercício a projetar como queres ser daqui a cinco anos. Dá-te uma nota e descreve como serás em cada uma das categorias.


O SEGREDO PARA ATINGIR OS OBJETIVOS

Ao fixar um objetivo reconhece a necessidade que todos os seres humanos experimentam de uma melhoria constante.

Há poder na pressão da insatisfação, na tensão do desconforto temporário. Este é o tipo de dor que queres na tua vida, o tipo de dor que se transforma imediatamente em novas ações positivas. Muitas pessoas tentam evitar desconforto, mas a ausência de qualquer pressão ou tensão em geral cria um sentimento de tédio e insatisfação. Quando nos sentimos entusiasmados temos uma sensação de pressão ou tensão interior. Porém o nível dessa pressão é estimulante em vez de sufocante.

Não é apenas alcançar um objetivo que importa, mas também a qualidade de vida que ao longo do caminho.


VIVER O SONHO

Muitas pessoas passam pela vida adiando toda a alegria e felicidade. Para elas fixar objetivos significa que “algum dia”, depois de realizarem algo, serão capazes de desfrutar a vida realmente. A verdade é que se tomarmos a decisão de sermos felizes agora, automaticamente alcançaremos mais.

Embora os objetivos proporcionem um sentido, devemos empenhar-nos constantemente para aproveitar cada dia.

Em vez de medires o sucesso ou o fracasso na vida pela capacidade de realizar um objetivo específico, lembra-te de que a direção que seguimos é mais importante do que os resultados individuais. Se continuarmos a seguir na direção certa, podemos não apenas alcançar os objetivos que desejamos, mas também podemos alcançar muito mais do que aquilo que imaginámos.

Às vezes precisamos confiar que as desilusões podem ser oportunidades disfarçadas.


O SEGREDO PARA ALCANÇAR OBJETIVOS

A persistência é o recurso mais importante para alcançar o sucesso. A nossa determinação pode levar-nos a fazer o que considerávamos impossível, caso sejamos constantes e consistentes. Mas muitas pessoas desistem demasiado cedo porque não recebem retorno imediato. As pessoas que concretizaram os seus maiores desejos mudam a sua perspetiva de acordo com as suas necessidades mas nunca abandonam a sua visão final.


ACIONA O PODER DO SISTEMA DE ATIVAÇÃO RETICULAR PARA ALCANÇAR OS TEUS OBJETIVOS

Há um número enorme de estímulos a bombardear-te neste momento, mas o teu cérebro suprime a maior parte e concentra-se apenas no que é importante. O mecanismo que permite isto chama-se Sistema de Ativação Reticular (SAR).

A partir do momento em que reparas em alguma coisa, começas a ter a perceção imediata de algo que já lá estava. Esta mudança de postura mental proporciona um alinhamento mais preciso com os nossos objetivos. A partir do momento em que decidimos que algo é prioritário, dando-lhe uma grande intensidade emocional, qualquer recurso que te ajude na sua realização se tornará evidente. Portanto, quando defines objetivos não é essencial compreender exatamente como vais alcançá-los. Por exemplo, para alcançar o teu maior objetivo social daqui a dez anos, que tipo de pessoa terias de ser e que coisas precisarias de realizar em nove anos, oito anos, sete anos e assim por diante até hoje?

Que ação específica podes realizar hoje que te leve na direção que queres?

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12- A MAGNÍFICA OBSESSÃO-CRIAR UM FUTURO IRRESISTÍVEL (parte 2)

DÁ O PRIMEIRO PASSO AGORA

Discutiremos quatro áreas:

1) Objetivos de desenvolvimento pessoal

2) Objetivos profissionais/económicos

3) Objetivos de diversão/aventura

4) Objetivos de contribuição.


Pergunta-te constantemente: O que é que gostaria na minha vida se soubesse que posso ter tudo o que desejo? O que é que faria se soubesse que não podia fracassar?

Não precisas de saber ao certo o “como”. Se tiveres motivação suficiente o teu inconsciente vai encontrar forma de realizá-lo


 OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO PESSOAL

Passo 1: Escreve tudo o que gostarias de melhorar na tua vida na área de desenvolvimento pessoal.

O que gostarias de aprender? Emocionalmente o que gostarias de experimentar, alcançar ou controlar? Quais são os amigos que desejas ter? Quem queres ser? O que queres fazer?

Passo 2: Pega nessa lista e fixa um prazo para cada um desses objetivos.

Determina um prazo a partir do qual te vais empenhar. Objetivos são como sonhos com datas marcadas.

O simples facto de decidires quando vais alcançar um objetivo aciona forças conscientes e inconscientes para fazer com que se tornem realidade.

Se queres realizar um objetivo dentro de um ano pões 1 à frente, se queres em 3 anos pões 3, 5, 6, 10, 20, etc.

Passo 3: Escolhe qual o objetivo a um ano mais importante desta categoria. Um objetivo que se concretizares neste ano te trará maior entusiasmo e fará com que sintas que o ano foi bem investido.

Em dois minutos escreve um parágrafo sobre os motivos que te levam a estar absolutamente empenhado em alcançar esse objetivo dentro de um ano.

Porque é que isso é importante para ti? O que é que ganharás ao concretizá-lo? O que perderias se não o alcançasses? Esses motivos são fortes o suficiente para levar-te a persistir? Se não, procura um objetivo melhor ou melhores motivos.

Ter motivos suficientemente fortes para concretizar um objetivo faz com que consigamos imaginar-nos a realizá-lo.

Os objetivos por si só podem inspirar, mas saber o motivo pelos quais os desejas pode proporcionar-te o ímpeto e a constante motivação para persistires e conseguires alcança-lo.


OBJETIVOS PROFISSIONAIS/ECONÓMICOS

Passo 1: Escreve tudo o que desejas para a tua vida profissional ou financeira.

Que níveis de abundância financeira queres alcançar? Até onde desejas subir? Quanto rendimento em investimentos gostarias de ter para não precisares de trabalhar mais? Que investimentos gostarias de fazer? Quais são os teus objetivos profissionais? Que tipo de impacto gostarias de ter?

Passo 2: Fixa o prazo para cada um.

Passo3: Escolhe o principal objetivo e escreve um parágrafo em dois minutos a explicar o porquê de estares determinar em alcança-lo.

Acumula tantos motivos quanto poderes.

Cria motivos que criem alavancagem e torna-te apaixonado pelo processo.

Se esses motivos não forem suficientemente fortes para te levar em frente, procura motivos melhores ou objetivo melhor.


OBJETIVOS DE DIVERSÃO/AVENTURA

Se não houvessem limitações económicas, quais são algumas das coisas que gostarias de ter ou fazer?

Passo 1: Tira cinco minutos para escrever tudo o que sempre quiseste ter, fazer ou experimentar na vida.

Gostaria de construir, criar ou comprar… Gostaria de…

Passos 2 e 3: Marca um prazo para cada um, escolhe o principal objetivo de um ano nesta categoria e tira dois minutos para escrever um parágrafo a explicar porque é que estás absolutamente determinado a alcançá-lo dentro do próximo ano.

Sustenta-os com motivos fortes, caso esses motivos não sejam suficientes para te impulsionar procura motivos ou um objetivo melhores.


OBJETIVOS DE CONTRIBUIÇÃO

Estes podem ser os objetivos mais inspiradores. É a oportunidade de deixar marca, criar legado que fará diferença na vida das pessoas.

Passo 1: Tira cinco minutos para explorar todas as possibilidades.

Como poderias contribuir? Como poderias ajudar? Eliminar descriminação social? Limpar praias? Etc. O que poderias criar?

Passos 2 e 3: Fixa um prazo para cada objetivo, escolhe o principal objetivo de um ano nesta categoria e em dois minutos para escrever um parágrafo a explicar porque é que estás absolutamente determinado a alcançá-lo no próximo ano.

“Não há nada como o sonho para criar o futuro. Utopia hoje, carne e osso amanhã.” VICTOR HUGO

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12- A MAGNÍFICA OBSESSÃO-CRIAR UM FUTURO IRRESISTÍVEL (parte 3)

Já tens quatro objetivos principais de um ano e motivos sólidos e compulsivos para apoiá-los. Como te sentirias se dentro de um ano se os tivesses dominado e alcançado? Como te sentirias em relação a ti mesmo? Como te sentirias em relação à tua vida?

Não deixes de pensar nesses quatro objetivos diariamente.

Se apoiares os teus objetivos com uma incessante e constante melhoria em cada uma dessas áreas, então podes ter a certeza de que terás progressos diários. Toma a decisão de seguir esses objetivos agora, começando imediatamente.


COMO TORNAR REAIS OS TEUS OBJETIVOS

À medida que reveres os teus objetivos, o teu SAR vai melhorando e vai atrair para ti qualquer recurso que te ajude a realizar o teu objetivo.

Deves ensaiar pelo menos duas vezes por dia e desfrutar emocionalmente a experiência de alcançar o teu objetivo. Esse foco contínuo criará um caminho neural entre o ponto em que te encontras e o lugar para onde queres ir. Este condicionamento criará um grande sentimento de certeza de que realizarás os teus objetivos e essa certeza vai traduzir-se em qualidade de ação.

A confiança vai permitir-te atrair os treinadores apropriados e os exemplos que te vão levar a ações mais eficazes. Em vez de usares o método “tentativa e erro” podes percorrer o caminho de quem já o tenha feito com sucesso, poupando anos.


A RAZÃO DE SER DO OBJETIVO

Na busca do nosso objetivo desencadeamos efeitos processuais, com consequências muito maiores do que aquilo que imaginámos.

Os objetivos são um meio para e não o propósito para as nossas vidas. São apenas um instrumento para nos concentrarmos e nos fazer avançar numa determinada direção.

O único motivo para perseguirmos objetivos é expandir e crescer.

Atingir objetivos, por si só, nunca nos fará felizes a longo prazo. É quem nos tornamos, a forma como superamos os obstáculos necessários para alcançar os objetivos, que nos pode proporcionar um sentimento de realização profundo e duradouro.

Que tipo de pessoa te terás de tornar para alcançar os teus objetivos? Escreve um parágrafo a descrever todos os traços de carácter, competências, atitudes e convicções que precisarias de desenvolver para concretizar os teus objetivos. É certo de que vais ter de entrar em ação, mas que qualidades vais precisar de ter enquanto pessoa para transformar esse conjunto invisível de compromissos na tua realidade?


O PASSO MAIS IMPORTANTE

Anotar um objetivo é o primeiro passo. O facto de transpores as tuas ideias para o papel faz com que estas se tornem mais reias. Mas o passo mais importante é certificares-te que assim que os fixes, começas imediatamente a criar impulso. Nunca deixes o local em que fixaste um objetivo sem fazer qualquer coisa (por mais pequena que seja) para a sua realização.

Cria uma lista de coisas simples que podes fazer durante os próximos 10 dias. Assim, começas a criar um conjunto de hábitos que te levarão a ter sucesso.

 Faz uma revisão dos teus objetivos a cada 6 meses para verificar se continuam vitais.

Assim que estiveres prestes a alcançar um objetivo precisas de definir imediatamente os objetivos seguintes. Garantindo uma transição suave para uma nova inspiração e um empenho contínuo pelo crescimento.

Quando perdemos a vontade de crescer começamos a estagnar. A melhor forma para resolver esse problema é perceber que a contribuição pode ser o maior objetivo. Encontrar uma forma de ajudar os outros pode deixar-nos inspirados para toda a vida. Há sempre um lugar no mundo para as pessoas dispostas a dar o seu tempo, energia, capital, criatividade e empenho.


PROGRAMA-TE PARA O SUCESSO

Remove quaisquer bloqueios calculando com antecedência o que te poderia impedir e trata desses obstáculos.

Assume compromissos com pessoas que sabes que vão insistir no teu padrão superior.

Reforça os novos caminhos neurais ensaiando constantemente, com repetição e intensidade emocional.

Imagina os teus objetivos muitas vezes com absoluta nitidez. Incorpora elementos visuais, auditivos e cinestéticos.


A GRANDE LIÇÃO

A lição mais importante neste capítulo é a de que um futuro irresistível cria um sentimento dinâmico de crescimento. Um futuro irresistível é uma necessidade. Permite-nos não apenas alcançar mas também partilhar o sentimento de alegria, contribuição e crescimento que dá sentido à vida.

Não importa se tens 18 ou 80, vais sempre precisar de alguma coisa que te impulsione para a frente.


“Onde não há visão, as pessoas perecem …” PROVÉRBIOS, 29:18


Elabora a tua lista com os quatro principais objetivos de um ano.

Estabelece o porquê.

Desenvolve o ritual de rever os teus objetivos e ensaiar a alegria que vais sentir ao concretizá-los, diariamente, durante 10 dias.

Rodeia-te de exemplos, de pessoas que te possam ajudar a desenvolver um plano eficaz.

Cada um destes passos vai ajudar-te a programar o teu SAR e a sensibilizar-te para todos os recursos possíveis que necessites para alcançar os teus objetivos.

A revisão sistemática vai proporcionar-te o sentimento de certeza de que precisas para entrar em acção.

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13- O DESAFIO MENTAL DE DEZ DIAS

“O hábito é o melhor dos criados, ou o pior dos amos.” NATHANIEL EMMONS

O valor real de qualquer estratégia está relacionado com a frequência que a usamos.

Em vez de vivermos em reação aos problemas que vão surgindo devemos assumir o compromisso de nos focarmos em soluções e desfrutar o processo.

O objetivo é o equilíbrio. Devemos compreender as nossas falhas como comportamentos ou emoções possíveis de controlar em qualquer momento. Pelo simples facto de as tornarmos em algo consciente podemos corrigi-las. Não nos devemos sentir mal com as falhas, são parte da vida. Precisamos de vê-las, reconhecê-las e concentrarmo-nos na solução, fazendo imediatamente o que for necessário para eliminar a sua influência da nossa vida. As falhas vão sempre fazer parte da nossa vida.

Devemos ter a capacidade de notar quando começamos a ter um padrão negativo (sem desesperar ou ficar a remoê-lo) e tratar de romper esses padrões assim que os descobrimos, substituindo-os por outros melhores, tanto a nível mental como emocional, físico, financeiro, espiritual e profissional.

A melhor forma de interromper um padrão limitador é iniciar uma “Dieta Mental” (assumir o controlo consciente de todos os teus pensamentos durante certo prazo). Esta é uma forma de eliminar padrões negativos de pensamento e sentimentos que surgem de viver uma vida de reação emocional e indisciplina mental.


Durante os próximos 10 dias assume o controlo das tuas capacidades mentais e emocionais, decidindo que não te vais entregar nem remoer pensamentos ou emoções negativos, durante 10 dias consecutivos.

É surpreendente descobrir quantas vezes o nosso cérebro se foca em pensamentos negativos, preocupados, de medo ou destrutivos. Porque é que permitimos que tantos padrões mentais e emocionais criem tensões desnecessárias na nossa vida? Se alguém fizer uma coisa que achas horrível e começares a sentir raiva (por exemplo), muda imediatamente o teu estado emocional.

Lembra-te das diferentes estratégias que existem para mudar o teu estado. O objetivo não é ignorar os problemas da vida, mas sim colocar-nos em estados mentais e emocionais melhores, permitindo encontrar melhores soluções e agir com base nesses estados.

As pessoas que se concentram no que não podem controlar ficam permanentemente enfraquecidas. Desenvolve a capacidade de te manter concentrado, lúcido e vigoroso no meio de uma tempestade emocional.

Nunca gastes mais de 10% do teu tempo com o problema e gasta pelo menos 90% com a solução. Ainda mais importante: não te aflijas com coisas pequenas e lembra-te que nada disso é muito importante.

Durante 10 dias foca-te apenas nas soluções, no que é maravilhoso na tua vida, no que resulta e como és sortudo.


DESAFIO MENTAL DE DEZ DIAS - REGRAS DO JOGO

Regra 1: Nos próximos dez dias, recusa-te a remoer qualquer pensamento ou sentimento negativos. Não te deixes focar em perguntas, vocabulário ou metáforas enfraquecedoras.

Regra 2: Quando deres por ti a concentrar-te no que é negativo (e podes ter a certeza de que vai acontecer) usa imediatamente as técnicas que aprendeste para redirecionar a tua concentração para um estado emocional melhor. Usa especificamente as Perguntas de Resolução de Problemas, Perguntas Matinais e Perguntas Noturnas (capítulo 8).

Regra 3: Durante os próximos 10 dias certifica-te de que te concentras sempre nas soluções e não nos problemas. Assim que te aperceberes de um possível desafio, concentra-te imediatamente na solução possível.

Regra 4: Se deres por ti a entregar-te a pensamentos estéreis ou a remoer ideias desse tipo, não desesperes. Não há problema, desde que mudes imediatamente. Se continuares a remoer ou a alimentar pensamentos ou sentimentos negativos durante muito tempo, espera pela manhã seguinte e recomeça os 10 dias. O objetivo é passares 10 dias consecutivos sem alimentar ou remoer qualquer pensamento negativo. Este começo tem de acontecer independentemente de quantos dias já tivessem passado.

O objetivo é resolver o problema assim que surge, antes de entrares num estado emocional negativo.


“Primeiro formamos os nossos hábitos, depois os nossos hábitos formam-nos a nós.” JOHN DRYDEN

Ao cumprir o Desafio Mental farás uma rutura nos teus hábitos limitadores, transmitindo uma nova mensagem ao teu cérebro e exigindo resultados novos. Estarás a exigir emoções fortalecedoras, pensamentos enriquecedores e perguntas inspiradoras.

Esses 10 dias vão ajudar-te a usar o Condicionamento Neuro-Associativo. Farás novas perguntas, utilizarás o Vocabulário Transformacional, metáforas globais fortalecedoras e mudarás o teu foco e fisiologia.


O que te impede de eliminar as tuas fraquezas mentais por completo?

Indolência. Muitas pessoas sabem o que devem fazer, mas nunca conseguem reunir energia suficiente para fazê-lo.

Medo. Frequentemente, a segurança de um presente medíocre é mais confortável do que a aventura de tentar ser mais no futuro. Não sejas uma das pessoas que chega ao fim da sua vida a perguntar o que poderia ter feito.

Força do hábito. Temos padrões emocionais antigos: a força da rotina. Como um avião em piloto automático, o nosso cérebro procura as mesmas reações de sempre.


Este exercício é um meio de passar além desses três obstáculos e produzir mudanças duradouras, com benefícios que podem multiplicar-se ao longo do tempo.

A questão agora é usar todos os instrumentos que conheces para melhorar a tua vida.

 

O Desafio de 10 Dias:

Fará com que passes a ter uma perceção profunda de todos os padrões mentais habituais que te impedem de progredir.

Fará o teu cérebro procurar alternativas fortalecedoras para eles.

Vai provar-te que consegues criar uma grande mudança na tua vida.

Mais importante ainda, criará novos hábitos, novos padrões e novas expectativas.


O sucesso é um processo. É o resultado de uma série de pequenas ações que nos levam a padrões de sucesso, deixando de exigir vontade ou esforço sistemáticos.

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14- A SUPREMA INFLUÊNCIA: O TEU SISTEMA CENTRAL

A SUPREMA INFLUÊNCIA: O SEU SISTEMA CENTRAL

  • A questão fundamental para descobrir o porquê por de trás do comportamento de uma pessoa é encontrar as suas convicções, perguntas, metáforas, referências e valores.
  • A chave para compreender as pessoas é compreender os seus Sistemas Centrais, de forma a conhecer a sua maneira sistemática individual de raciocinar.


A RIQUEZA É O RESULTADO DE AVALIAÇÕES EFICAZES

Se alguém se está a sair melhor do que nós em qualquer área da vida, é apenas porque possui um meio melhor de avaliar o que as coisas significam e o que se deve fazer a esse respeito.

O objetivo é ser capaz de avaliar tudo na nossa vida de uma maneira que nos oriente sistematicamente para fazer opções que produzam os resultados que desejamos.


Breve análise dos cinco elementos de avaliação (ver imagens em anexo):

O primeiro elemento que afeta todas as nossas avaliações é o estado mental e emocional em que nos encontramos ao fazer uma avaliação.

Quando estamos num estado apreensivo e vulnerável, pequenos eventos vão parecer e significar algo totalmente diferente do que se estivéssemos num estado de entusiasmo e expectativa positiva.

Um ponto importante para tomar avaliações superiores é ter a certeza de que, ao tomar decisões sobre o que as coisas significam e o que fazer a seu respeito, estejamos num estado mental e emocional extremamente fértil, em vez de em modo de sobrevivência.


A segunda base do nosso Sistema Central são as perguntas que fazemos.

As perguntas criam a forma inicial das avaliações. O teu cérebro avalia a situação em resposta a qualquer coisa que aconteça na tua vida perguntando: “O que está a acontecer? O que significa esta situação? Significa dor ou prazer? O que posso fazer agora para evitar, reduzir ou eliminar a dor, ou para obter algum prazer?”.

As nossas perguntas habituais são extremamente importantes no nosso processo de fazer escolhas boas ou más.

O terceiro elemento que afeta as nossas avaliações é a hierarquia de valores.

Cada um de nós, ao longo da vida, aprendeu a valorizar determinadas emoções mais do que outras.

Há dois tipos de valores: os estados emocionais de prazer, em cuja direção estamos sempre a tentar avançar (alegria, amor, compaixão, entusiasmo) e os estados emocionais de dor, que tentamos evitar ou afastar constantemente (humilhação, frustração, depressão, raiva). A dinâmica criada entres estes dois estados determinará a direção em que seguimos.

As crenças são o quarto elemento do Sistema Central

As crenças globais dão-nos sensação de certeza sobre como nos sentimos e o que esperamos de nós mesmos, da vida e das pessoas.

As nossas regras são as crenças que assumimos sobre o que tem de acontecer para sentirmos que os nossos valores foram satisfeitos.

O quinto elemento é o conjunto de experiências de referência a que temos acesso.

O nosso cérebro guardou tudo o que experimentamos na vida, bem como aquilo que imaginámos.

Essas referências constituem a base para produzir as nossas crenças e guiar as nossas decisões.


DOIS TIPOS DE MUDANÇA

Se queremos mudar só pode ser uma de duas coisas: ou o que sentimos ou o nosso comportamento.

O foco da 2ª parte deste livro é como criar mudanças globais em que uma única alteração num dos 5 elementos do Sistema Central afetará profundamente a forma como pensamos, como nos sentimos e nos comportamos em diferentes áreas da nossa vida simultaneamente.


CHEGA UMA ALTURA…

Há alturas em que temos de parar de avaliar e entrar em ação.

Algumas pessoas fazem tantas avaliações que até uma pequena decisão se torna numa grande produção. Uma grande produção tem a ver com a forma como “enquadramos” a decisão. Por exemplo, para ir ao ginásio é preciso encontrar a roupa certa, fazer a mala, fazer a viagem, fazer a aula, etc. O mesmo “enquadramento” não é feito para ir para a praia, onde só precisamos de pôr os calções e arrancar.

A avaliação excessiva de detalhes pode levar a um sentimento de sobrecarga e sufoco. Desta forma percebemos que ao “englobar” muitos passos pequenos, convertendo-os num passo grande, podemos alcançar os resultados que queremos mais facilmente.

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15- OS VALORES DA VIDA: A SUA BÚSSOLA PESSOAL

Os Valores da Vida: A Sua Bússola Pessoal

  • Para alcançarmos um nível mais profundo de realização é necessário decidir o que mais prezamos na vida, quais são os nossos valores mais elevados e empenharmo-nos em segui-los todos os dias.
  • Para ter felicidade a longo prazo é necessário viver segundo os nossos ideais mais elevados e agir sistematicamente em consonância com o que acreditamos ser fundamental na nossa vida. Mas não podemos fazê-lo se não soubermos claramente quais são os nossos valores. Muitas pessoas sabem o que querem ter mas não sabem o que querem ser.

SE NÃO CONHECE OS SEUS VERDADEIROS VALORES, PREPARE-SE PARA A DOR

Conhecer os valores é fundamental para se viver de acordo com eles. Sempre que tiveres dificuldade em tomar uma decisão importante deve-se à incerteza relativamente aos teus valores.

Os nossos valores derivam de uma mistura de experiências, de condicionamento ao longo da vida, através do castigo e recompensa. Na maioria dos casos, não fomos nós que os fixámos.

O QUE SÃO VALORES

dois tipos de valores: os fins e os meios.

Por exemplo, família e dinheiro são valores que servem como meios. Por outras palavras, servem para acionar os estados emocionais que desejamos.

O facto de não compreendermos a diferença entre ambos pode causar problemas, ao perseguirmos os valores relacionados com os meios não alcançamos o que desejamos realmente: os relacionados com os fins.

VALORES ATRAENTES

Embora seja verdade que somos sempre motivados a avançar para estados emocionais agradáveis, também é verdade que prezamos algumas emoções mais do que outras.

Esses estados agradáveis que mais prezamos são os valores atraentes porque são estados emocionais que vamos tentar alcançar com mais empenho. Todos temos uma hierarquia de valores.

Determina quais os 10 valores que mais prezas e escreve-os por ordem de importância.

O conhecimento dos teus valores ajuda-te a ter mais lucidez sobre os motivos de fazeres o que fazes e como podes viver de um modo mais coerente, mas o conhecimento dos valores dos outros também é importante.

VALORES REPELENTES

Quais são algumas das emoções que achas mais importante evitar, numa base sistemática? A resposta a essa pergunta vai determinar o teu comportamento praticamente em qualquer ambiente.

Escreve uma lista das emoções que mais tentas evitar.

A FONTE DA AUTO-SABOTAGEM: CONFLITOS DE VALORES

Examina a dinâmica criada pela tua hierarquia de valores.

As pessoas fazem mais para evitar a dor do que para alcançar o prazer.

Faremos qualquer coisa que for necessária, consciente ou inconscientemente, para não experimentar os nossos níveis de dor mais intensos.

Cada um de nós tem os seus conflitos de valores porque nunca fomos nós que os determinamos, permitimos que fosse o ambiente a fazê-lo.

Para mudar temos de seguir 2 passos:

Ter consciência dos teus valores atuais de forma a compreender porque é que fazes o que fazes.

Tomar a decisão consciente sobre que valores queres viver, de forma a moldar a tua qualidade de vida e o futuro que realmente desejas.

 

COMO DESCOBRIR OS SEUS VALORES ATUAIS

Tudo o que tens de fazer para descobrir os teus valores é responder à pergunta: “O que é mais importante para mim na vida?”

Agora, pões os teus valores por ordem, do mais ao menos importante.

MUDE OS SEUS VALORES, MUDE A SUA VIDA

Para assumir o controlo dos teus valores, segue estes 2 passos:

Descobre quais são os teus valores atuais e classifica-os por ordem de importância.

Se estás disposto a enfrentar realmente o assunto, tens a oportunidade de redirecionar o teu destino. Faz a ti mesmo uma nova pergunta: “Quais têm de ser os meus valores para alcançar o destino que desejo e mereço?”. Ordena-os. Verifica que valores podes querer livrar-te e que valores podes acrescentar para criar a qualidade de vida que desejas.

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16- REGRAS: SE NÃO É FELIZ, EIS O MOTIVO!

REGRAS: SE NÃO É FELIZ, EIS O MOTIVO!

Regras são convicções específicas que determinam quando sentimos dor e prazer.

Devemos adotar regras que elevem os nossos padrões, mantendo um padrão superior de satisfação, apesar das condições do momento. Desta forma comprometemo-nos a ser inteligentes, flexíveis e criativos para controlar a nossa concentração e avaliações de forma a desfrutar dos acontecimentos independentemente do que aconteça.

JUIZ E JÚRI

Todos temos regras e padrões diferentes que controlam não apenas a forma como nos sentimos sobre as coisas que acontecem nas nossas vidas, mas também como nos vamos comportar e reagir a uma determinada situação.

As nossas emoções e comportamentos são determinados pelas crenças sobre o que é bom e mau, o que podemos fazer e o que temos de fazer. Estes padrões e critérios específicos constituem o que se chama de regras.

Podes estar a ter sucesso e sentir que estás a fracassar porque o teu conjunto de regras é injusto. Não apenas para ti, mas para a tua família ou qualquer pessoa que conheças.

JOGUE PARA GANHAR

Define regras para cada um dos teus valores: “O que tem de acontecer para me sentir…”.

3 critérios primários para perceber se uma regra nos fortalece ou enfraquece:

  • É uma regra enfraquecedora se é impossível cumpri-la.
  • Uma regra é enfraquecedora se algo que não podes controlar determina se a regra foi cumprida ou não.

Uma regra é enfraquecedora se proporciona apenas alguns meios para te sentires bem e vários meios para te sentires mal.

 

A SOLUÇÃO

O que temos de fazer para que as nossas vidas funcionem é instituir um sistema de avaliação que inclua regras que sejam viáveis, que tornem fácil sentirmo-nos bem e difícil sentirmo-nos mal, que nos atraiam sempre na direção que queremos seguir.

A mudança de valores tem um impacto limitado se as regras permanecerem inviáveis.

Exercício:

Com base nos novos valores que definiste para ti no capítulo anterior, cria um conjunto de regras para os teus valores atraentes que tornem fácil sentires-te bem, e um conjunto de regras para os valores repelentes que tornem difícil sentires-te mal. Cria muitos meios para te sentires bem.

CADA TRANSTORNO É UM TRANSTORNO DAS REGRAS

Muitas vezes as pessoas têm desentendimentos porque têm regras diferentes e apesar de querer o melhor para o outro têm formas diferentes de expressá-lo. O facto de não haver conhecimento das regras das outras pessoas com quem nos relacionamos é, frequentemente, motivo de conflito.

Qualquer relacionamento (profissional ou pessoal) pode ser transformado num instante pela definição das regras e por um acordo a esse respeito.

O DESAFIO DE MUDAR AS REGRAS

Existe um grande conflito quando as regras e valores estão em absoluta oposição. O que podes fazer nessa situação?

O primeiro passo é compreender que tens regras em conflituosas.

O segundo passo é associar bastante dor a qualquer regra que não te sirva e substituí-la por uma regra que sirva.

COMUNICAR AS SUAS REGRAS

Se queres assumir o controlo da tua vida, se queres ter sucesso no trabalho, se queres ser um grande negociador, se queres ser capaz de causar impacto nos outros, se queres ter intimidade na tua relação, então descobre as regras da outra pessoa e comunica também as tuas.

Também não esperes que as pessoas vivam de acordo com as tuas regras se não estiveres disposto a fazer cedências, bem como a viver de acordo com algumas regras alheias.

HÁ ALGUMAS REGRAS QUE NÃO PODES VIOLAR

Tal como existe uma hierarquia de valores também existe uma hierarquia de regras.

As regras do “temos” e do “nunca podemos” são as regras de limiar;

As regras do “devemos” e “não devemos” são as de padrões pessoais.

O objetivo é criar um equilíbrio entre as regras imperativas e padrões pessoais, e utilizar os dois tipos de regras no contexto apropriado.

REALINHAMENTO DAS REGRAS

Assume o controlo das tuas regras, respondendo às seguintes perguntas (formula as resposta da maneira mais meticulosa possível):

O que é preciso para te sentires bem-sucedido?

O que é preciso para te sentires amado por qualquer pessoa que seja importante para ti?

O que é preciso para te sentires confiante?

O que é preciso para sentires que és excelente em qualquer área da tua vida?

Examina essas regras e pergunta a ti mesmo: “São apropriadas? Fiz com que se tornasse difícil sentir-me bem, e fácil sentir-me mal?’’. Se isso for verdade, muda os teus critérios e formula regras que te fortaleçam.

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17- REFERÊNCIAS: O TECIDO DA VIDA

REFERÊNCIAS: O TECIDO DA VIDA

  • As experiências de referência são o material do qual são feitos os valores e crenças.
  • Quanto maior a quantidade e qualidade das nossas referências, maior o nosso nível potencial de opções. Mais quantidade e qualidade de referências permitem-nos avaliar com mais eficácia o que as coisas significam e o que podemos fazer.

O QUE SÃO REFERÊNCIAS

Referências são todas as experiências da tua vida que registaste no sistema nervoso, tudo o que já viste, ouviste, tocaste, provaste, ou cheiraste.

Algumas resultam de experiências pessoais, outras consistem em informações que recebeste de terceiros. E todas as tuas referências (como toda a experiência humana) tornam-se algo distorcidas, apagadas e generalizadas, à medida que as registas no sistema nervoso.

Tens também referências para coisas que nunca aconteceram. Tudo o que já imaginaste na tua mente ficou arquivado no cérebro como uma memória.

O importante é expandir as referências disponíveis na tua vida. Procura conscientemente as experiências que expandem a noção de quem és e do que és capaz, para além de organizar as referências de forma fortalecedora.

LER É ALIMENTAR A MENTE

Não precisas de estar limitado às tuas experiências pessoais como referências. Podes usar as referências de outras pessoas.

USE A COMPARAÇÃO PARA PÔR A SUA VIDA EM PERSPECTIVA

Não importa quão más as coisas sejam para nós, há sempre alguém numa situação pior, também é verdade que não importa o quanto as coisas nos corram bem, há sempre alguém a sair-se melhor. Devemos usar isso para nos impelir para a expansão e crescimento.

Usar referências de comparação é um dos meios mais poderosos para mudar as nossas perceções e sentimentos.

UM UNIVERSO DE IDEIAS E EXPERIÊNCIAS

A cada dia que vivemos, absorvemos novas informações, ideias, conceitos, experiências e sensações.

AMPLIE AS REFERÊNCIAS E AMPLIE A SUA VIDA

Procura algumas experiências que nunca tiveste antes.

Escreve as cinco experiências mais poderosas que moldaram quem te tornaste como pessoa. Não te limites a fazer uma descrição da experiência, indica também como essa experiência causou impacto na tua vida.

Se escreveres qualquer coisa que pareça ter causado um impacto negativo, acrescenta no mesmo instante outra interpretação do evento, independentemente do que seja necessário para o fazer. Pode exigir alguma fé, pode exigir uma nova perspetiva que nunca consideraste antes. Há valor em toda e qualquer experiência humana.

Ao rever a lista de eventos que moldaram a tua vida de forma positiva, pensa em novas referências que seriam muito valiosas e que devias procurar.

Para ter êxito ao nível mais elevado e alcançar o que realmente queres para a tua vida, quais são as referências de que precisas?

Pensa em algumas referências divertidas para se ter.

Depois de fazeres uma lista de grandes referências para adquirir, indica uma data para cada uma.

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18- IDENTIDADE: A CHAVE DA EXPANSÃO

IDENTIDADE: A CHAVE DA EXPANSÃO

A identidade são as crenças que usamos para definir a nossa individualidade, o que nos torna únicos (bom, mau, ou indiferente) em comparação com os outros. A nossa sensação de certeza sobre quem somos cria as fronteiras e limites dentro dos quais vivemos.

Todos temos necessidade de certeza. A maioria das pessoas tem medo do desconhecido. A incerteza tem o potencial de se traduzir em dor e preferimos lidar com a dor que já conhecemos do que lidar com a dor do desconhecido.

Ao desenvolvermos novas crenças sobre quem somos, o nosso comportamento mudará para apoiar a nova identidade.

COMO A SUA IDENTIDADE É FORMADA

O facto de assumirmos pequenos compromissos torna mais difícil de recusar algo que parece ir de encontro ao nosso carácter, muitas vezes levando a desenvolver uma nova identidade.

 A tua identidade é limitada pela tua perceção da experiência. É constituída pelas decisões que tomaste sobre quem és. Tu tornas-te os rótulos que atribuíste a ti mesmo. A maneira como defines a tua identidade define a tua vida.

Não há alavanca mais poderosa do que a identidade para moldar um comportamento.

A FINAL, QUEM É VOCÊ

Podemo-nos descrever como as nossas emoções (sou apaixonado, feliz…), profissão, comportamento, metáforas, passado e até mesmo quem não somos (não sou estúpido).

A identidade dos nossos amigos também nos afeta. Quem acreditamos que eles são é muitas vezes o reflexo de quem acreditas que és.

A estrutura temporal que usas para definir a tua identidade também é importante. Olhas para o passado, presente ou futuro ao definir quem és?

“Quem sou eu?” Anota a resposta e volta a perguntar. A cada vez que perguntares, escreve o que surgir. Continua a perguntar, até encontrares a descrição sobre a qual tens a convicção mais forte. Como te defines? Qual é a essência de quem és? Que metáforas usas para te descrever? Que papéis desempenhas?

Ao fazeres uma pausa para assumires o estado certo vais dar uma resposta ponderada.

Exercício:

Põe-te num estado seguro e curioso e responde a essa pergunta ponderada pelos filósofos ao longo dos tempos: “Quem sou eu?”

Lembra-te que a identidade é simplesmente o que te distingue das outras pessoas. Usa os seguintes exercícios:

Se procurasses o teu nome no dicionário, o que diria? Três palavras bastariam para cobrir tudo, ou a tua narrativa épica consumiria páginas e páginas, talvez até exigisse um volume inteiro?

Se fosses criar um bilhete de identidade que representasse quem realmente és, o que constaria nele - o que deixarias de fora? Incluirias ou não um retrato? Indicarias as tuas estatísticas vitais? Descrição física? Emoções? Convicções? Associações? Aspirações? Lema? Capacidades?

Agora, analisa o que escreveste, a descrição da tua identidade — essencialmente, a história da tua vida. Como te sentes a esse respeito?

Se algo na tua identidade que cria dor, percebe que qualquer coisa a que chamas de identidade é apenas aquilo com que te decidiste identificar e podes mudá-lo em qualquer momento. Mais do que isso, depois de verificares como as identidades evoluem, terás oportunidade de expandir a tua identidade e com isso toda a tua vida.

 

 

O PODER DE SE REIVENTAR

Se a tua identidade não é tudo o que queres ser, então começa por dar os quatro passos seguintes para te reinventares a ti mesmo.

1. Faz uma lista de todos os elementos da identidade que queres ter.

Quem são algumas pessoas que possuem essas características a que aspiras? Podem servir-te como modelos? Imagina que estás a fundir-te com essa nova identidade. Como andarias? Como falarias? Como pensarias? Como te sentirias?

2. Se gostarias realmente de expandir a tua identidade e a tua vida, então decide neste momento, conscientemente, quem desejas ser. Sê como uma criança e escreve detalhadamente quem decidiste que és hoje. Escreve a tua lista ampliada.

3. Formula um plano de ação que te diga que estás realmente a viver de acordo com a tua nova identidade. Presta especial atenção aos amigos que escolhes para passar algum tempo. Eles vão reforçar ou destruir a identidade que estás a criar?

4. O passo final é comprometeres-te com tua nova identidade, dando-a a conhecer a todos à tua volta. Mas o mais importante é dá-la a conhecer a ti próprio, Usa o novo rótulo para te descrever todos os dias até ficar condicionado interiormente.

O FUTURO DA SUA IDENTIDADE

Mesmo depois de fazeres este exercício, vais querer continuar a refinar a tua identidade, expandi-la, ou criar melhores regras para ela.

Precisas de estar consciente de coisas que podem influenciar a tua identidade, verificar se te estão a fortalecer ou a enfraquecer e assumir o controlo de todo o processo. Se não for assim, vais tornar-te um prisioneiro do teu passado.

É importante redefinirmo-nos constantemente, procurando novas experiências que nos façam crescer.

Se decidirmos pensar, sentir e agir como o tipo de pessoa que queremos ser, vamos tornar-nos essa pessoa.

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