4 – SISTEMAS DE CONVICÇÃO. O PODER PARA CRIAR E O PODER PARA DESTRUIR

“Por trás de tudo o que pensamos vive tudo aquilo em que acreditamos, como o supremo véu do nosso espírito.” António Machado


Não são os eventos externos às nossas vidas que nos moldam, mas sim as convicções sobre o que esses eventos significam.

Sempre que algo acontece na nossa vida o cérebro formula duas questões:

1) Isso vai significar dor ou prazer?

2) O que devo fazer agora para evitar a dor e/ou obter o prazer?

As respostas a essas duas perguntas baseiam-se nas convicções. As convicções são impulsionadas pelas generalizações a respeito do que aprendemos que pode levar à dor e ao prazer.

As generalizações são a identificação de padrões similares que servem para facilitar o nosso dia-a-dia.

O problema das generalizações é tornarem-se limitações sobre decisões futuras a respeito de quem somos e do que somos capazes de fazer.

O desafio é triplo:

1) a maioria das pessoas não decide conscientemente no que vai acreditar

2) muitas convicções baseiam-se em interpretações distorcidas de experiências passadas

3) depois de assumirmos uma convicção deixamos de vê-la como apenas uma interpretação

 

O QUE É UMA CONVICÇÃO?

Sentimento de certeza em relação a algo.

Convicções globais são convicções generalizadas sobre a nossa identidade, pessoas, trabalho, tempo, dinheiro e até a própria vida.

Podemos desenvolver convicções sobre qualquer coisa, se encontrarmos experiências de referência suficientes para sustentá-las (uma mesa pode ser uma boa analogia, sendo as experiências de referência as pernas da mesa e a base a convicção). Por exemplo já tivemos ou conhecemos quem tenha tido experiências suficientemente negativas ou positivas para criar a convicção de que as pessoas são más ou boas. O importante é usar essas referências de forma a criar a convicção que seja mais fortalecedora

Quais as possíveis fontes de referências nas nossas vidas? Podemos basear-nos nas experiências pessoais. Às vezes, adquirimos referências através de informações que recebemos de outras pessoas, livros, filmes, etc. Às vezes formamos referências com base exclusiva na imaginação

A intensidade emocional relativamente às referências afeta a força e extensão das pernas (experiências de referência). As pernas mais fortes e mais sólidas são formadas pelas experiências pessoais a que atribuímos uma grande carga emocional, tenham estas sido experiências dolorosas ou agradáveis. O número de referências que temos também é relevante, quanto mais experiências de referência apoiam uma ideia mais forte se tornará sua convicção. As referências podem ser reais ou imaginárias, precisas ou imprecisas. Até as experiências pessoais são distorcidas pela perspetiva pessoal

O cérebro não é capaz de perceber a diferença entre algo que imaginamos de uma forma vívida e algo que experimentamos realmente. Com intensidade emocional e repetições suficientes, o sistema nervoso experimenta algo como real, mesmo que não tenha ocorrido


“A convicção que se torna verdade para mim … é a que me permite o melhor uso da minha força, o melhor meio de acionar as minhas virtudes.” ANDRÉ GIDE


As pessoas desenvolvem com frequência convicções limitadoras sobre quem são e do que são capazes. Por medo, desenvolvem convicções que as levam a hesitar, a não se empenharem totalmente e por isso obtêm resultados limitados

Três padrões de convicções que levam ao desamparo adquirido:

Permanência: acham que até os menores problemas são permanentes

Difusão: desenvolver a convicção de que serão desastrosos em tudo, só por terem sido desastrosos numa área

Pessoal: vêm problemas como algo inerente à personalidade.


COMO MUDAR UMA CONVICÇÃO?

O meio mais eficaz é associar muita dor à convicção antiga. Deves sentir o que essa convicção te custou no passado, presente, e vai custar no futuro. Depois, associa muito prazer à ideia de adotar uma convicção nova e fortalecedora

Segundo, cria dúvida. Ter novas experiências que nos levam a questionar, interromper os nossos padrões de certeza e sacudir nossas pernas de referência.


Três categorias de convicções:

Opiniões: oscilam com a facilidade e em geral baseiam-se apenas em poucas referências que uma pessoa focalizou no momento

Convicção: forma-se quando começamos a desenvolver uma base mais ampla de pernas de referências, em particular pernas de referência sobre as quais temos fortes emoções. Essas referências proporcionam certeza absoluta sobre alguma coisa

Crença: ofusca uma convicção, basicamente por causa da intensidade emocional que uma pessoa vincula a uma ideia. Uma pessoa com uma crença reluta em questionar suas referências, tornando-se totalmente resistente a novas informações. Esta baseia-se num grau muito alto de empenho e dedicação relativamente a uma ideia, princípio ou causa

A sabedoria está em entender qual destas três categorias é mais apropriada para cada questão

“As convicções são como posses e as crenças são apenas posses mais estimadas, que permitem a um indivíduo trabalhar com fervor para a realização de objetivos, projetos e desejos, coletivos e individuais”.

 

Como podemos criar uma crença? 

1) Começa pela convicção

2) Reforça a convicção adicionando referências novas e mais poderosas

Por exemplo, decidiste nunca mais comer carne. Para fortalecer a tua determinação, conversa com pessoas que optaram por um estilo de vida vegetariano: que motivos as levaram a mudar de dieta, quais foram as consequências na sua saúde e noutras áreas das suas vidas, etc.

Quanto mais referências desenvolveres e quanto mais intensas emocionalmente estas forem, mais forte se tornará a crença

3) Encontra um evento que funcione como um gatilho, ou então cria-o

Faz perguntas que criem intensidade emocional

4) Entra em ação

Cada ação reforça o teu empenho, elevando o nível de intensidade emocional contribuindo assim para a criação da crença


A forma mais eficaz de obter melhores resultados é utilizar as pessoas que já estão a ter sucesso naquilo que ambicionamos como modelo

Uma das convicções globais mais importantes que podemos assumir para termos sucesso e sermos felizes é que precisamos de procurar melhorar constantemente a qualidade das nossas vidas e crescer. A única segurança na vida vem de saber que melhoramos diariamente de alguma maneira, aumentando as nossas capacidades e o nosso valor para a nossa empresa, amigos, família, etc.


PEQUENAS MELHORIAS SÃO CREDÍVEIS E POR ISSO VIÁVEIS!

Desenvolve convicções que te permitam expandir enquanto pessoa, fazendo o necessário para tornares a tua vida e a vida das pessoas à tua volta ainda melhores. Ainda assim compreende que as tuas convicções podem mudar à medida que adquires novas referências. O que realmente importa é se as tuas convicções te fortalecem ou enfraquecem.


Exercício:

Analisa as tuas convicções, tanto as que fortalecem quanto as que enfraquecem, incluindo convicções que parecem não ter grande importância, e convicções globais que aparentam ser muito importantes

Inclui convicções de “se” (ex: “Se me empenhar sistematicamente terei sucesso”) e convicções globais (ex: convicções sobre as pessoas “As pessoas são boas”, convicções sobre ti mesmo, convicções sobre oportunidades, convicções sobre tempo, convicções sobre escassez e abundância)

Anota o máximo de convicções que conseguires durante dez minutos

Cria duas listas (convicções fortalecedoras ou enfraquecedoras)

Escolhe as três convicções mais fortalecedoras da tua lista. Como te fortalecem? Como fortalecem a tua vida? Pensa nos efeitos positivos

Seleciona as duas convicções mais enfraquecedoras. Ao analisá-las identifica algumas das consequências que essas convicções acarretam.

Decide que já não estás disposto a pagar o preço dessas convicções. Lembra-te de que ao questionares a veracidade das tuas convicções podes eliminar as pernas de referência. Para fazê-lo, usa as seguintes perguntas:

1. Até que ponto essa convicção é ridícula ou absurda?

2. A pessoa com quem aprendi esta convicção pode ser considerada um modelo nesta área?

3. Em última análise, quanto me vai custar, em termos emocionais, se não me livrar dessa convicção?

4. Quanto me vai custar, relativamente aos meus relacionamentos, se não me livrar dessa convicção?

5. Quanto me vai custar, em termos físicos, se não me livrar dessa convicção?

6. Quanto me vai custar, em termos financeiros, se não me livrar dessa convicção?

7. Quanto me vai custar, em termos de família e pessoas que amo, se eu não me livrar dessa convicção?

Cria uma associação plena com tudo o que essas convicções te têm custado e o que te custarão no futuro caso não as mudes. Vincula uma dor tão intensa que te vais querer livrar dela de forma permanente, e decide fazê-lo agora

Escreve os substitutos para as duas convicções limitadoras que eliminaste (por exemplo usando a antítese dessa convicção). Não nos podemos livrar de um padrão sem substituí-lo por outro

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5- A MUDANÇA PODE ACONTECER NUM INSTANTE

Assim que efetuamos uma mudança devemos reforçá-la imediatamente. Depois, temos de condicionar o nosso sistema nervoso para ter êxito sistematicamente.


Quais são as duas mudanças que todos querem na vida?

1) Como nos sentimos em relação às coisas, ou

2) Os nossos comportamentos


Três convicções sobre responsabilidade para criar uma mudança a longo prazo:

Acreditar que “alguma coisa tem de mudar” (não que precisa mudar, ou pode mudar, ou deve mudar).

Só quando algo tem de ser é que iniciamos o processo de fazer o que é necessário.

Não acreditar apenas que as coisas têm de mudar, mas que “eu tenho de mudá-las”.

Considerar-nos a fonte da mudança se queremos que a mudança dure. Caso contrário ficaremos sempre à procura de outra pessoa e teremos sempre alguém para culpar caso as coisas não resultem.

Acreditar que “eu posso mudá-las”.

Sem acreditar que a mudança é possível não temos possibilidade de realizar o que queremos.

É sempre bom ter um modelo (alguém que já conseguiu os resultados que desejamos) mas temos de ser a fonte da nossa mudança.

Podemos analisar os nossos problemas durante anos, mas nada muda até mudarmos as emoções que associamos a uma experiência.



Quando fazemos alguma coisa pela primeira vez criamos uma conexão física que nos permite ter acesso a essa emoção ou comportamento no futuro: neuro-associação.

Com repetições suficientes e intensidade emocional podemos reforçar um padrão emocional ou comportamento.

Se parares um comportamento ou emoção por tempo suficiente a conexão neural vai ficar mais fraca.


Quando experimentamos quantidades significativas de dor ou prazer o cérebro procura a causa usando três critérios:

1. Procura algo que pareça singular.

Para reduzir as causas prováveis o cérebro tenta distinguir algo que seja excecional às circunstâncias.

Parece lógico que se tens sentimentos fora do normal deve haver um motivo fora do normal.

2. Procura por algo que pareça estar ocorrendo simultaneamente.

Procura algo que tenha acontecido no momento em que se sente dor ou prazer

3. Procura coerência.

Se o elemento cumpre os dois critérios anteriores e também parece ocorrer de forma consistente sempre que sentimos dor ou prazer, o cérebro irá determiná-lo como a causa.


Como os três critérios para a formação de neuro-associações são tão imprecisos, é muito fácil criar falsas neuro-associações.

Devemos avaliar as associações antes que se tornem parte de nosso processo inconsciente de tomada de decisões.

Devemos compreender como o cérebro formula associações e questionar muitas dessas conexões, percebendo que estas podem limitar as nossas vidas.


Pensa no processo de tomar decisões como se fosse uma balança: “Se eu fizesse isso sentiria dor ou prazer?”. O importante não é apenas o número de fatores mas o peso de cada um.


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6- COMO MUDAR QUALQUER COISA NA SUA VIDA. A CIÊNCIA DO CONDICIONAMENTO NEURO–ASSOCIATIVO

“O início de um hábito é como um fio invisível, mas cada vez que o repetimos reforçamos o fio, acrescentando-lhe outro filamento, até que se torne um enorme cabo, e nos prenda de forma irremediável, no pensamento e ação.” ORISON SWETT MARDEN


Uma maneira eficaz de mudar os nossos comportamentos: associar sensações insuportáveis e imediatas de dor ao nosso antigo comportamento e sensações incríveis e imediatas de prazer ao novo.


Condicionamento Neuro-Associativo é uma técnica com 6 passos para promover mudança em qualquer área da nossa vida:

Passo 1) Decide o que queres realmente e o que te impede de o ter agora.

  • Quanto mais específicos formos a respeito do que queremos melhor;
  • O que nos impede de mudar é associarmos mais dor à mudança do que a permanecer onde estamos. Ou acreditamos que a mudança trará dor ou temos medo do desconhecido que a mudança acarreta.

Passo 2) Usa a Alavancagem: associa muita dor a não mudar agora e muito prazer à experiência da mudança imediata.

  • A mudança é quase sempre uma questão de motivação;
  • A mudança imediata surge da sensação de urgência e não de pensar que “um dia tenho de mudar”;
  • Frequentemente queremos mudar mas ao mesmo tempo tememos a mudança;
  • Experimentar uma dor muito intensa leva muitas pessoas a comprometerem-se imediatamente com a mudança;
  • Se reunirmos um conjunto de razões suficientemente fortes podemos mudar rapidamente algo que de outra forma nos levaria anos;
  • Para utilizar a alavancagem faz perguntas que induzam dor. “O que faltará na minha vida se eu não mudar? Quanto isto me custa em termos mentais, emocionais, físicos, financeiros, espirituais?”. O objetivo é encontrar razões suficientes para que a mudança ocorra imediatamente;


Os passos seguintes são um meio para que as mudanças durem e criar novas opções.

Passo 3) Interrompe o padrão

  • Uma forma de interromper o padrão é alterar as sensações que associamos às nossas memórias (pensa numa situação que te faça sentir mal e usa os dois primeiros passos do Condicionamento Neuro-Associativo).
  • Uma das melhores maneiras de interromper o padrão é fazer coisas inesperadas (coisas que são radicalmente diferentes de tudo o que já experimentaram antes);
  • Pensa em formas de interromper os teus padrões.

Distorce os padrões enfraquecedores até que deixem de existir:

  • Vê na tua mente a situação que te incomodava como se fosse um filme;
  • Transforma a experiencia num desenho animado (acelera a imagem, vê de frente para trás, muda as cores, vozes, tamanho, etc);
  • Usa humor e exagero para mudar as sensações associadas.
  • Pensa na situação e vê como te sentes.
  • Os nossos sentimentos baseiam-se nas imagens em que nos concentramos e nos sons e sensações que associamos a essas imagens.


Passo 4) Cria uma alternativa nova e fortalecedora.

  • A principal razão das tentativas de mudança serem temporárias é as pessoas não conseguirem encontrar um caminho alternativo para sair da dor e assumir prazer;
  • Se não sabes o que fazer para mudares hábitos procura pessoas que o fizeram de forma bem-sucedida;
  • Os benefícios dos antigos sentimentos ou comportamentos devem ser preservados pelos novos comportamentos ou sentimentos ao mesmo tempo em que se elimina os efeitos colaterais;

Muitas vezes rompendo os padrões antigos o cérebro procura automaticamente por um padrão substituto para nos proporcionar os sentimentos que desejamos;

É essencial escolhermos conscientemente os novos comportamentos ou sentimentos.


Passo 5) Condiciona o novo padrão até que seja sistemático.

O modo mais simples de condicionar algo é simplesmente ensaiá-lo várias vezes até que haja um caminho neurológico;

O cérebro não consegue distinguir a diferença entre algo que imaginamos de uma forma vívida e algo que experimentamos;

Qualquer padrão de emoção ou comportamento que seja reforçado de forma contínua torna-se uma reação automática e condicionada. Qualquer coisa que deixemos de reforçar acabará por enfraquecer.

Reforça o novo comportamento:

  • Reforço é a reação imediata em relação a um comportamento, enquanto o castigo e a recompensa podem ocorrer muito tempo depois;
  • O momento apropriado é fundamental para o condicionamento;
  • O elemento de surpresa é uma das experiências mais agradáveis para o ser humano. A compreensão deste elemento para reforçar um comportamento é muito importante;
  • Inicialmente recompensar quando há o comportamento desejado, elevando os padrões de forma gradual.
  • Se formos sempre recompensados habituamo-nos e deixamos de dar o máximo. A expectativa de que a recompensa possa ser dada e a incerteza de quando isso vai acontecer leva-nos a esforçarmo-nos sistematicamente ao máximo;
  • Reforço jackpot (uma grande recompensa). Este princípio também pode ser usado quando não há motivação inicial. O prazer pode ser suficiente para romper o antigo padrão.
  • A forma mais eficaz de motivar é através do desenvolvimento pessoal.


Passo 6) Experimenta:

  • Para teres a certeza de que vai funcionar no futuro imagina a situação desagradável e verifica se ainda te incomoda ou se já foi substituída pelo novo padrão;
  • Caso não tenha funcionado verifica cada um dos 5 passos para entender onde pode ter falhado.


Verificação ecológica:

  • Certifica-te que há dor plenamente associada ao antigo padrão (quando pensas no antigo comportamento imaginas/sentes coisas que agora são desagradáveis?)
  • Certifica-te que o prazer está plenamente associado ao novo padrão.
  • Alinha-te com os teus valores, crenças e regras (o novo comportamento ou sentimento é coerente com os teus valores, crenças e regras da tua vida?)
  • Certifica-te que os benefícios do antigo padrão foram mantidos (o novo comportamento ou sentimento ainda te permite obter os benefícios ou sensações de prazer que o antigo padrão te costumava dar?)
  • Imagina-te a assumir o novo comportamento no futuro (imagina o que te faria regressar ao antigo padrão e certifica-te de que podes usar o novo padrão em vez do antigo).
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7- COMO CONSEGUIR O QUE REALMENTE QUER

Há muitos exemplos de pessoas bem-sucedidas que conseguem muito mais do que aquilo que pensaram ser possível e ainda assim não são felizes. Essas pessoas demonstram que:

Não sabiam o que queriam realmente da vida e por isso distraíram-se com prazeres momentâneos que prejudicaram as suas vidas;

Desenvolveram caminhos neurológicos para a dor muito fortes, onde os seus hábitos os levavam a percorrer esses caminhos regularmente;

Não sabiam o que fazer para se sentirem bem e tinham de recorrer a alguma força exterior para os ajudar a lidar com o presente;

Nunca aprenderam a orientar as suas mentes de forma consciente no que se deviam focar e permitiram que a dor e o prazer do ambiente as controlassem.


O que queres realmente?

Pergunta a ti mesmo o que desejas para a tua vida. Pergunta o porquê desse desejo.

No fundo, tudo o que queremos é mudar a forma como nos sentimos. Desejamos essas coisas porque as vemos como meios de alcançar determinados sentimentos, emoções ou estados.

As emoções são tempestades bioquímicas no cérebro e é possível alterá-las a qualquer momento. O primeiro passo é assumir o controlo consciente das emoções, deixando de viver em reação às mesmas.

De forma consciente ou inconsciente, a maioria das nossas reações emocionais vêm do ambiente.

O estado em que nos encontramos determina a nossa perceção da realidade, as nossas decisões e os nossos comportamentos. A nossa capacidade existe sempre, o que temos de fazer é pôr-nos em estados em que ela está acessível.

duas formas básicas para mudar o nosso estado emocional:

Mudar a maneira como usamos o corpo;

Mudar aquilo em que nos concentramos.


FISIOLOGIA: O PODER DO MOVIMENTO

Cada movimento tem uma fisiologia específica associada: postura, respiração, padrões de movimento, expressões faciais.

Utilizando o nosso corpo é possível regressar a certos estados ou evitá-los.

O corpo influencia o nosso estado emocional e vice-versa.

O que é que podes fazer agora para mudar o teu estado e com isso alterar como te sentes e o teu desempenho?

Imagina se assumisses o compromisso de sorrir ou rir constantemente. O ato físico aciona a parte correspondente do cérebro e cria um caminho neurológico para sentires prazer. Depois de identificares a fisiologia associada a um estado, podes usá-la para criar os estados que desejas.

É necessário criar padrões de movimento que criem confiança, força, flexibilidade, poder e diversão.


FOCO: O PODER DA CONCENTRAÇÃO

Se quisesses não eras capaz de ficar triste de um momento para o outro apenas pensando numa experiência horrível do teu passado? Se te quisesses sentir bem neste momento também o poderias fazer com a mesma facilidade.

És capaz de te imaginar um momento em que te sentiste extremamente bem? Pensar em como o teu corpo se sentiu? És capaz de te lembrar de pormenores tão vívidos que te associes completamente a esses sentimentos? Podes focar-te em momentos passados, atuais, ou mesmo em coisas que ainda não aconteceram.

De um modo geral, a forma como te sentes em relação às coisas e o significado das experiências dependem do teu foco. A maneira mais poderosa de controlar o foco é através de perguntas.


NÃO É APENAS AQUILO EM QUE TE CONCENTRAS MAS A FORMA COMO O FAZES…

A nossa experiência do mundo é criada pela recolha de informações através dos cinco sentidos. Cada um de nós tende a desenvolver um sentido preferido (modalidade). Dentro de cada modalidade há elementos específicos de imagens, sons, ou outras sensações que podem ser alterados para aumentar ou diminuir a intensidade da experiência. Esses elementos são chamados sub-modalidades.

Podemos aumentar ou reduzir radicalmente a intensidade do que sentimentos em relação a qualquer experiência através da manipulação das sub-modalidades.

Pensa numa experiência que tenha acontecido há muito tempo. Lembra-te das imagens dessa experiência. Trá-las do fundo da memória e põe-nas à tua frente. Faz com que sejam grandes, nítidas, coloridas, torna-as tridimensionais. Entra no corpo que tinhas na altura e sente a experiência como se estivesses lá. Parece que aconteceu há muito tempo ou é algo que sentes agora?

Algumas sub-modalidades serão muito mais poderosas para ti do que outras. Cada um tem os seus meios preferidos para representar as suas experiências. Se pensares numa situação em que te sentiste triste, tenta lembrar-te como representaste essa experiência. Depois compara com uma ocasião em que te sentite feliz.

Compreender as nossas sub-modalidades e as das outras pessoas pode ser uma excelente ajuda para comunicar de forma mais eficaz.



MUDA OS TEUS ESTADOS E MUDA A TUA VIDA

Podes mudar o teu estado através da fisiologia, daquilo em que te concentras, ou através das sub-modalidades. É essencial ter várias formas de orientar os nossos pensamentos.

Quando não controlamos o nosso estado não seremos capazes de controlar o nosso comportamento.

A primeira habilidade que devemos dominar é a capacidade de mudar o nosso estado instantaneamente, independentemente do ambiente ou daquilo que sentimos.

A segunda habilidade é a capacidade de mudar o estado de forma sistemática em qualquer ambiente.

A terceira habilidade é estabelecer um conjunto de padrões habituais para usares a tua fisiologia e foco de forma a te sentires sistematicamente bem sem qualquer esforço consciente.

O quarto objetivo é possibilitar que os outros mudem o seu estado de um momento para o outro, em qualquer ambiente e de forma sistemática.


SABES COMO TE FAZER SENTIR BEM?

Tens um conjunto de meios específicos e fortalecedores para te fazer sentir bem de um momento para o outro?

Escreve uma lista de coisas que fazes para mudar como te sentes e acrescenta novas formas que talvez nunca tenhas tentado e que pensas que também podem mudar o teu estado de forma positiva. Torna essa lista numa realidade, desenvolve um plano para obter prazer todos os dias.

O objetivo é criar uma lista grande de meios para se fazer sentir bem, para que desta forma não tenhas de recorrer a meios que sejam destrutivos.

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