CODA
“Eis a primeira: O que devo fazer amanhã? E a resposta: O melhor possível, no menor período de tempo.”
“A segunda pergunta foi na mesma linha: O que devo fazer no próximo ano? Tenta garantir que o bem que fazes só será superado pelo bem que fizeres no ano seguinte.”
“A pergunta seguinte concluiu o primeiro conjunto: O que devo fazer da minha vida? Aponta para o Paraíso e concentra-te no hoje.”
“O que devo fazer com o mundo? Age como se o Ser fosse mais valioso do que o Não-Ser. Age de modo a que não fiques amargo e sejas corrompido pela tragédia da existência. Isso é a essência da Regra 1 (Levante a cabeça e endireite as costas): confronte a incerteza do mundo voluntariamente, com fé e coragem.”
“Como devo lidar com o iluminado? Substitua-o por aquele que verdadeiramente busca o esclarecimento. Não existe um iluminado. Existe apenas aquele que busca mais esclarecimento. O verdadeiro Ser é um processo, não um estado; uma viagem, não um destino.”
“O que devo fazer quando desprezo o que tenho? Lembra-te daqueles que nada têm e se esforçam para serem gratos.”
“O que devo fazer quando a ganância me consome? Lembra-te de que realmente é melhor dar do que receber. O mundo é um fórum de partilha e troca (Regra 7, mais uma vez), não é um tesouro para ser pilhado. Dar é fazer o que podemos para melhorar as coisas. O bem nas pessoas responderá a isso, irá apoiá-lo, imitá-lo, multiplica-lo, devolvê-lo e promovê-lo de modo a que tudo se fortaleça e melhore.”
“O que devo fazer quando estou cansado e impaciente? Aceita com gratidão uma mão amiga.”
“O que devo fazer com o facto de envelhecer? Substitui o potencial da juventude com as conquistas da maturidade.”
“Uma vida vivida justifica as suas próprias limitações.”
“Eis uma ambição digna e nobre: força na face da adversidade. Isso é muito diferente de desejar uma vida livre de problemas.”
“O que devo fazer no próximo momento difícil? Concentra a atenção no próximo passo correto.”
“O conhecimento da fragilidade e da finitude produzido pela morte pode aterrorizar, amargurar e separar. Também pode despertar. Pode levar os que sofrem a perceber que não devem ter como garantidos aqueles que amam.”
Maio, 2020